quinta-feira, 20 de maio de 2010

POESIAS

O desafio era colocarem-se na "pele" de um animal, criarem um texto poético na 1ª pessoa, apresentando queixas à sociedade. Eis alguns exemplos:

O peixe que não queria ser pescado


 

Eu sou um peixe
E vivo no mar
E como outros animais
Morro sem reclamar

Nado e nado
Nunca me canso de nadar
- Não quero ser pescado!
Porque tem de pescar?

Sou peixinho pequenino
O anzol não quero trincar
O pescador vê-me à deriva
- Vamos lá o pescar.

                 Diogo
 
Palavras de um rato


Eu a correr
Para o gato não me comer.

Consigo sempre livrar-me
Sem ele me matar


Vejo uma anã
E escondo-me debaixo do sofá.


Queijo é o melhor
Mas, se o gato me comer é o pior.
                                       Diana


Ser Papagaio



Fazem-me falar
Para os poder agradar
Fico desanimado
E desconfiado.


Não gosto que se riam de mim
Pois não gosto de ser assim
Tenho de me librar
Pois eu quero me calar.
                        Andreia


Palavra de um elefante



Sinto-me tão sozinho e triste
Porque todos as animais
E os elefantes também
Chamam-me gordo
E estão sempre a gozar comigo.


Corri à volta da floresta
E fiquei normal: fiquei magro e elegante
Os animais pararam de me gozar
E tornei-me apaixonante.
                              Ricardo


As queixas da formiga



Calcam-me estabalhuadamente
E eu fico no chão amaçada
Pois fui calcada!

Vou eu a passear
E ninguém me vê
Sou pequenina para aquela sola do sapato,
Mas às vezes quem me calca é um gato.
Gato branco e peludo,
Ou preto e surdo
Porque eu grito sem poder mais
Fico a sofrer,
Até mais não poder.
Não sirvo para nada
Só para ser calcada.
                       Ruben



Sou um pequeno coelho


Sou um coelho
Triste e desanimado
Vou aos saltos para qualquer lado.


O que não me agrada
É saber que existem caçadores
Que me põe danada
Eles, aqueles espertos
Não iriam gostar
Que os matessem
E se fossem embora, a cantar!

Sabes, a mim
Não me apanham,
Eu vou lutar até ao fim!
                    Mariana

Vida de Coelho



Ser um coelho
É complicado
Pegam-me pelas orelhas
Parece que estou amarrado


Se quisesse podia fugir
Mas já me habituei
Desde o primeiro dia
Nunca mais gritei


Ás vezes penso o que seria de mim
Sem a minha bela cama
Que fica ao lado
De um ramo de jasmim

Todos os dias me puxam as orelhas
Mas todas as crianças matam as abelhas
Que poisam em mim
Ando sempre no jardim


Do dia em que o dono
Em mim pegou
O meu amor se alastrou
Era amor de amizade


Gosto de ser coelho
Porque me protegem
Já tenho filhos
Que me ajudam e que cada vez mais crescem.
                                          Luana


A Formiga


Eu sou pequena
É assim o que eu
Detesto é ser calcada
Enfim.


Ai as minhas
Costas calcadas
Tenho de ir
Ao hospital que maçada!


Papa formiga !
Que desgraça
Vai-me comer
Eu sou desgraçada.
                   Mafalda













 

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